Durante toda a vida, somos 'moldados' para nos encaixarmos no mercado de trabalho. Esse processo começa ainda na infância, quando fatores culturais e sociais incentivam determinados comportamentos e punem outros. "Responder é mais valorizado do que perguntar, o que mina a curiosidade e a criatividade, por exemplo. Aprendemos que, às vezes, há escassez e a postura colaborativa é substituída pela competitiva", explica a ex-executiva, coach e sócia-proprietária da Quantum Development, Bianca Aichinger. Muitas vezes, somos estimulados a nos conformar com o que já temos e menos incentivados a explorar, cooperar e assumir riscos criativos.
Mas, se por um lado crescemos aprendendo a caber em "caixinhas", por outro, o mercado de trabalho contemporâneo passou a valorizar justamente aquilo que deixamos para trás. Hoje, a criatividade, a empatia e a capacidade de colaboração estão no centro das competências mais procuradas pelas organizações. O relatório "O Futuro dos Empregos", do Fórum Econômico Mundial, aponta que pensamento criativo, originalidade, iniciativa e empatia estão entre as habilidades mais relevantes para o futuro. E quem convive com crianças sabe o quanto elas já expressam tudo isso de maneira espontânea
Segundo Bianca, olhar atentamente para o comportamento das crianças é uma forma de resgatar habilidades essenciais que muitas vezes se perdem na vida adulta. Essas atitudes espontâneas podem servir de inspiração prática para transformar a forma como nos relacionamos, aprendemos e inovamos no ambiente corporativo. Entre os traços que podem ser recuperados, ela destaca:
Essas competências, tão naturais na infância, podem ser diferenciais para profissionais que desejam crescer em ambientes cada vez mais dinâmicos e complexos. "Assim como incentivos e o ambiente nos moldam, podemos reaprender determinados comportamentos quando enxergamos o valor disto, temos o mindset correto (de crescimento) e a iniciativa e disciplina para partir para a ação. Aos poucos, com prática e consistência, essas competências voltam a fazer parte natural da forma de pensar e agir", reforça Bianca.
Resgatar essas qualidades não é apenas um exercício individual de autodesenvolvimento, mas uma necessidade estratégica para organizações que buscam se manter relevantes em um mercado em constante transformação. Estudos mostram que empresas que valorizam competências socioemocionais, como criatividade, colaboração e empatia, estão mais bem preparadas para enfrentar cenários de crise e inovação. Isso porque profissionais que cultivam essas habilidades conseguem lidar melhor com a complexidade, criar soluções originais e fortalecer relações de confiança dentro das equipes. Como reforça Bianca, o processo de reaprender comportamentos infantis exige intenção e prática, mas o ganho é coletivo: profissionais mais engajados, equipes mais colaborativas e empresas mais inovadoras.
Sobre a Quantum Development
Com foco no desenvolvimento de equipes de liderança de alta performance, a Quantum Development apoia seus clientes na sua profissionalização e na transformação da cultura organizacional em um mundo em constante evolução. Criada em 2021 pelas sócias-fundadoras Bianca Aichinger e Susana Azevedo, que possuem mais de duas décadas de experiência no mercado corporativo nacional e internacional, a Quantum Development tem em seu portfólio de clientes empresas como Grupo Leveros e Uappi.